O primeiro passo para mudar o mundo é mudando nós mesmos

Octavio Messias– publicado em 21/05/21- Fonte Aleteia

Filme “A Corrente do Bem” mostra o poder gigantesco das pequenas atitudes do dia a dia

Pandemia, crise econômica, polarização política… A verdade é que os tempos andam difíceis para todos nós. Mas de pouco adianta ficarmos assistindo pelo noticiário ou pelas redes sociais tudo de errado que está acontecendo no mundo, sem atentarmos para o nosso papel em meio a tudo isso – afinal, somos parte do dele. Tudo que estamos vendo acontecer, hoje, no planeta, é o resultado das ações individuais das cerca de 7,7 bilhões de pessoas que o habitam. Embora não tenhamos controle sobre as ações dos outros, somos responsáveis pelas nossas próprias ações, e essas ações têm o poder de influenciar o próximo. 

Lição de casa 

Nesta semana, chegou a mim por acaso o filme A Corrente do Bem, de 2000, que infelizmente acabou passando batido por mim à época do lançamento, mas antes tarde do que nunca. O filme começa no primeiro dia de aula do professor de estudos sociais Eugene Simonet, interpretado por Kevin Spacey. Ao se apresentar aos alunos do ensino fundamental, ele explica como o mundo é um lugar grande e diverso, fala como sua missão é fazê-los compreendê-lo melhor e propõe uma atividade extracurricular: cada aluno da sala deve apresentar uma proposta de como tornar o mundo um lugar melhor.    

Pague adiante 

O aluno Trevor McKinney, um menino de 11 anos vivido por Haley Joel Osment (à época, uma estrela juvenil pelo seu papel no blockbuster O Sexto Sentido, do ano anterior), aparece na aula seguinte com uma proposta original. O garoto apresenta um projeto chamado “Pague adiante” (o que corresponde ao título original do longa, Pay it Forward), que consiste em: ele se compromete a fazer uma boa ação para três pessoas desconhecidas, mas, em vez de esperar retribuição, ele vai pedir a elas que retribuam a outras três pessoas desconhecidas. Ele faz um gráfico na lousa e chega à conclusão de que, de três em três, é possível atingir muita gente.  

Corrente

Filho de Arlene (papel de Helen Hunt), uma mãe solteira que se desdobra em dois empregos para manter em dia as contas da casa, o jovem Trevor começa dando comida e abrigo a um morador de rua. Então se inicia uma corrente do bem que surte resultados como o próprio morador de rua impedindo uma mulher de cometer suicídio, um homem garante que uma garota asmática receba atendimento apropriado no hospital etc., dando início a um movimento nacional nos Estados Unidos. E isso volta à própria mãe de Trevor, que tem a oportunidade de se reconciliar com sua mãe, o que é fundamental para que ela consiga ter um relacionamento plenamente amoroso com o filho. Já para o final do filme, Trevor diz não entender como os adultos aceitam e se acomodam com um mundo com tantas injustiças, em vez de tentar torná-lo um lugar melhor. O filme mostra como o primeiro passo para mudar o mundo é mudando nós mesmos.

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